A criança, o Play boy e o Monge puritano.
... Um homem sentado em uma poltrona
Com um olhar calmo e pacífico,
Com uma postura transmitindo a
Tranquilidade de um ser angelical.
As pessoas que veem esse homem
Chegam a se chatear com toda a
Tranquilidade de seu semblante.
Mas não sabem que dentro do homem
Há um pequeno mundo em colapso,
Próximo de explodir.
Pois seu cerebro é uma usina
De pensamentos e informações
E o seu coração um caldeirão
De sentimentos e emoções.
Não sabem que dentro do
Corpo de homem que veem
Há uma criança aprisionada
Que ressuscitou e agora
Deseja violentamente se livrar
Do corpo de homem e sair para correr,
Saltar, pular e brincar até ficar exausta,
Entrar na casa e cair adormecida
Nos braços afáveis de uma mãe carinhosa.
Também não veem que dentro de sua mente
Há um play boy ardendo pelo fogo do desejo
De formar o maior arem que a humanidade já viu
E com as mulheres mais lindas do planeta.
Mas, para decepção desse play boy,
Seu irmão gêmeo é um monge puritano
Que deseja morar em um mosteiro
Encima de uma montanha
Junto com outros monges
Na mais sagrada e completa castidade
E passar os dias cantando e louvando
O Criador eterno em contato com a natureza.
E assim o Monge puritano sente
Sua castidade contaminada pelo Play boy
E o Play boy sente sua virilidade afetada
Por causa do Monge puritano.
O Monge puritano quer exorcizar o Play boy
E o Play boy quer exterminar o Monge puritano.
Os dois tentam realizar seus intentos.
Mas nenhum dos dois consegue.
E nesse conflito eles percebem
Que não são dois, mas um só;
São a mesma pessoa.
Mesmo assim o play boy tenta exterminar o Monge
E o Monge puritano tenta exorcizar o Play.
Isso gera uma briga violenta, sangrenta e infernal.
A criança que vê o estado lastimável
Dos dois pobres seres se digladiando,
Grita em prantos e apavorada:
“Me deixem sair! Me deixem sair!
Eu sou criança, não homem!
Sou uma criança não um homem!”
E o monge puritano e o play boy gritam
Ao mesmo tempo em que se digladiam:
“Cale a boca, menino! Fique quieto!
Aceite que agora você é um homem”.
O menino, para seu espanto e terror,
Percebe que ele e os dois loucos
Também são a mesma pessoa.
Três personalidades
Em uma só cabeça...
A mente do homem,
Como uma maquina elétrica
Após um tremendo raio,
Entra em curto circuito
E explode por dentro.
É um mundo sofrendo
O maior dos cataclismos.
Mas quem passa apenas vê:
Um homem sentado em uma poltrona
Com um olhar calmo e pacífico,
Com uma postura transmitindo a
Tranquilidade de um ser angelical...
(Poeta e escritor Daluan,Joaçaba, 14 de dezembro de 2012.)
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