domingo, 18 de setembro de 2011
POEMA PARA UM ANJO
ANJO OU ALGOZ
Um anjo com pensamento de demônios,
Cabisbaixo a refletir, solitário grito de socorro.
Algoz de seus próprios sentimentos
Derradeiro sentido de inocentes e obscuros desejos,
Fortalece a saga de buscar morte traiçoeira.
Mas este demônio que o perturba,
Com o prisma das noites de lua azul,
Confundem o coração entre cinzas passageiras.
Volta-se para o profundo ditado.
“Quem vê olhos, não vê coração”
Luta contra si, arrebatado pelo cansaço
Cai por terra, de joelhos lamenta a derrota.
Noutro dia o dilema continua sussurrando.
Seus sentidos ficam paralisados, mudos e surdos.
Como lâmina de espada, sobrevive em seu ego.
Num instante de agonia profunda,
Uma chama de fogo penetra suas entranhas.
Em desabafo resplandece uma oração.
Pai perdoa-me!
Seus olhos brilhantes se fecham
Eis que surge a liberdade,
E o anjo abre as assas,
Mergulha no infinito dos sonhos,
Num mar imenso onde ha chances de sobreviver.
Em dádivas de vida onde havia um restinho de amor.
(Rosy Vila,CAPINZAL ,18/09/2011)
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